Está faltando união. Falta acreditar em nós mesmas.
Falta ter mais amizade e mais coragem para apresentar o namorado para
amiga loira e bonita sem medo, sem neura, sem insegurança. Sinto falta
de celebrarmos mais nossas conquistas com brindes de sinceridade.
Sabe como? Rir mais para gente e não da gente. Menos inveja, menos
disputa de melhor bolsa, melhor sapato, melhor cirurgião plástico.
Aposentaríamos o nosso colar de olho gordo, que anda no pescoço como um
mantra. Sinceramente, mulherada, pra quê? A gente sabe que não é por
medo de inveja do vizinho, do amigo, do primo. No fundo, não esperamos
que venha de um homem. Morremos de medo de nós mesmas.
Provaríamos para o mundo que somos uma raça unida. Que feio nos desunir, se nascemos do ventre da mãe – da melhor amiga. Conseguimos direitos de amar livremente e caímos na hipocrisia de culpar a amante.
Nos orgulhamos de ser independentes e competimos por dependências. Nos
unimos para lutar por direitos iguais, e logo já nos desunimos para
usufruí-los. Somos mulherzinhas, feministas, colegas e companheiras
quando convém? Que preguiça. Tem alguma coisa muito
errada. A gente podia sentar e simplesmente rir e tomar uns drinks. Numa
boa. Mas, ó, se você manda recados para o namorado da amiga, esqueça
tudo que acabei de dizer. Você precisa mudar de atitude para tomar uns bons drinks com a gente.
PS: Agradeço todos os dias por poder contar com as minhas poucas e
boas amigas – irmãs. Depois de muita rasteira e bondade a quem não
merece, o clichê encaixa: amiga é amiga, #$%# é @#$#. Amém