segunda-feira, 23 de julho de 2012

Que me perdoem as burras,mais inteligencia é fundamental!!


Ela é capaz de levantar uma Kombi com as coxas bombásticas e possui seios tão melônicos que parecem estar sempre na iminência de esguichar silicone pelos mamilos. Ela passa rímel nos olhos antes mesmo de passar manteiga no pão, ou melhor, antes de pincelar cottage light no pãozinho integral. Ela faz biquinho de pato e passa horas tirando fotos em frente ao espelho, espelho dela, pra depois compartilhá-las no Facebook pra pessoas avaliarem. Ela nunca leu nada além de dietas, dicas para conquistar uma barriga sequinha em uma semana e tabelas nutricionais de alimentos funcionais. Na verdade ela só conhece o nome de um livro, O Pequeno Príncipe, memorizado com muito custo para evitar silêncio total nas perguntas dificílimas do concurso Miss Umbiguinho Brasil. Ela provavelmente sofreu uma inundação de botox no cérebro e hoje, burramente acha que todos os homens do mundo só precisam de um corpo perfeito pra alcançar a felicidade suprema, mas se esquece que bunda não conversa, que peitos não fazem companhia, que as coxas não têm ouvidos e que a estética sozinha, não sustenta a vontade de estar ao lado de alguém apenas esperando o sol nascer mesmo quando ele insiste em demorar.
É lógico que eu amo e constantemente vejo-me hipnotizado por essa dádiva nacional chamada bunda. Arrisco até dizer que sou faixa preta na arte de apreciá-las com discrição e sem óculos escuros, mas essas obras de arte rebolantes precisam de muito mais do que duas bandas e um orifício proibido para construir e perpetuar algo chamado relacionamento – pelo menos para os homens que encaram esse tipo de laço como parceria de evolução contínua e uma oportunidade de aprendizado mútuo, em vez de encará-lo apenas como uma maneira rápida e prática de saciar o apetite sexual.
Os homens amam peitos e bundas, mas a estética sozinha não sustenta nem uma conversa de boteco que se estenda por mais de uma hora. Não é novidade que os homens são seres de extremo apelo sexual e potencialmente cegos pelo tesão, mas isso não significa que gostamos de passar horas e horas fingindo interesse e sorrindo diante do papo broxante das mulheres fúteis e ocas, apenas para no fim da noite enfim calá-las com um boquete mordaça que deveria durar anos de silêncio. Nem a acéfala cabeça roxa de nosso pau merece passar uma noite toda escutando os nomes de todos os tons de esmalte existentes na galáxia, ouvindo as fantásticas minúcias da dieta dos pontos ou aprendendo as divertidíssimas peculiaridades metabólicas dos treinos de Leg Press.

“Você não precisa de peitos maiores, precisa ler livros melhores.”
Não estou dizendo que toda mulher precisa ter um Q.I igual ao do Einstein para ser boa companhia ou que o casal, para divertir-se, precisa resolver equações de física quântica enquanto espera a pizza chegar. Não é nada disso, apenas valorizo muito o poder que algumas mulheres têm de nos fazer desejar que a conversa nunca acabe, gerando uma vontade súbita de matar o garçom quando este vem à mesa avisar que o bar já está fechando. Tudo isso porque às vezes só queremos continuar ali, ouvindo o que ela tem a dizer e agradecendo por esse papo de fluência natural e diferente de muitos outros que escutamos com a cabeça nas nuvens, contando os segundos para fechar a conta e abrir o mecanismo do sutiã dela.
Essa vontade de prolongar a conversa entre doses e porções de batata frita não quer dizer que não estejamos morrendo de tesão por ela e loucos para rasgar-lhe a calcinha em plena praça pública, afinal, a testosterona nunca deixará de correr em nossas veias. No entanto, mulheres inteligentes, interessantes e cativantes com toda certeza fazem os meios enaltecerem os fins, nos fazendo desejar noites com maior número de horas, pois mesmo o casal mais ninfomaníaco do mundo precisa de uma boa conversa enquanto espera o próximo round.
Agora me dêem licença, irei à livraria para ver se encontro um ser dessa espécie feminina fantástica, pois na academia eu cansei de conhecer mulheres deliciosas que me fizeram admirar a genialidade e reconhecer o repertório vasto dos meus hamsters.

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